Xangô o dono do tambor

Xangô o dono do tambor

Umabandaradio na defeza e preservação de nossa cultura

http://www.umbandaradio.com.ar/

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ser um Alabê

Muitas pessoas, desde o mais leigo simpatizante da Religião Afro-Umbandista, até os mais antigos e experientes Babalorixás, Yalorixás e Chefes de Terreiro, costumam tratar de uma forma generalizada ao Alabê como Tamboreiro ou Vice-Versa.

Há tempos que debato com várias pessoas o fato de que tal equívoco ou costume vem a cada dia acontecendo com mais e mais freqüência dentro da Religião, e para minha surpresa, e nem tanta assim, observei que alguns nem sabiam a grande diferença existente entre as duas “funções”, como assim inicialmente trataremos.

Na verdade, em inúmeras vezes que eu abordei o assunto, insisti em dizer que a “função” de Alabê não se resume em apenas tocar o Ilú (tambor), mas sim, ter um conhecimento do fundamento que é necessário para desempenhar a mesma.

Outra coisa muito importante é se enfatizar que o Alabê pertence somente a Nação, ou Batuque como popularmente é conhecido, além do que é necessário, no mínimo, o apronte de Orí (cabeça) daquele que esta sendo feito como Alabê, por isso é que jamais poderemos ter um Alabê de Umbanda ou Quimbanda. Não basta para ser um Alabê, apenas saber tocar e cantar algumas rezas.

Será que pode uma pessoa ser considerada um Babalorixá ou Yalorixá sem ter todos os devidos assentamentos, o Axé de Obé e de Ifás? Como podem ser coroados caciques na Umbanda sem terem todos os cruzamentos que se fazem necessários? A feitura de um Alabê é exatamente igual, ou seja, além de tocar o Ilú, saber as rezas do início e do fim (Nação e Arissun), é também necessário ter o apronte de Orí e o recebimento do próprio Axé de Alabê.

Pela feitura que temos, reafirmo a todos Irmãos, simpatizantes e leitores que não se faz um Alabê do dia para a noite e é por esta mesma feitura que nós Alabês jamais faremos algo que agrida aos nossos fundamentos, como tocar Ebós para os Orixás de sapatos, tênis ou assemelhados, vestindo bermudas ou até mesmo tirar o Alujá da Iansã e do Xangô para que “Exús” e “Pomba-Giras” desfrutem de um ritual que não os pertencem, de modo que os mais novos e os leigos pensem estar se realizando um ritual totalmente correto e normal.

Sempre que tocamos, seja para a Nação, Umbanda ou Quimbanda, temos o dever de saber da responsabilidade que estamos ali assumindo e que a partir de nossas mãos podemos trazer ao nosso mundo desde Exús a Orixás e que nossos erros e acertos poderão refletir nas pessoas que ali estão. Por isso além de conhecimento, são imprescindíveis o respeito, a humildade e o amor naquilo que se faz.

Poderíamos classificar o Alabê ou o Tamboreiro uma “função” dentro da Religião, o que na verdade não está muito distante do lógico, mas prefiro dizer em se tratar de um dom ou simplesmente o destino de cada um de nós. Mas mesmo assim, seja função ou destino, as diferenças existem.

Um bom axé a todos...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010


TOQUES PARA QUIMBANDA
CONTATOS: (55)3237-1375
OU (55)99985982

ALABÊS:Junior de Oxala e Juan de Oxala

ALABÊS JUNIOR DE OXALÁ E CRISTOFER DE OXALA
TOQUES NAÇÃO,UMBANDA,QUINBANDA,ERISUN
MESA D BEJIS

UMBANDA CASSINO...

TOQUES QUIMBANDA
CONTATOS:(55)3237-1375 OU (55)99985982

Toques para Nação Umbanda,Quimbanda,erisun mesa de beji
CONTATOS:(55)3237-1375 OU 99985982

segunda-feira, 31 de maio de 2010

TAMBORES (CANALIZAÇÂO DE NOSSOS ANCESTRAIS)

Tambores são tão ancestrais como o próprio homem,os primeiros tambores foram feitos na pré historia para o homem cultuar seus deuses e pelo remorso que o próprio homem tinha quando matava um animal.Nas religiões de matrizes africanas o tambor é o instrumento que da vida aos rituais ,onde o chamamento dos orixás são feitos através de angorocis acompanhado do toque do tambor.A presença do tambor nestes rituais é de suma importância,pois através deles os orixas se comunicam e através da dança pasam seu axé!

Os tambores chegaram ao Brasil, com uma família real africana.
chega o tambor com os africanos , e com o tambor os santos da africa ...o tambor é o chamado dos santos ,e com eles a africa invade os terreiros do brasil ,o tambor zoando ,o orixá dançando ,a
magia dos seres do além toma conta de todo um ambiente cheio de paz magia e alegria ,.é isto ai ,o tambor clama pelos nossos ancestrais ,os orixas se rendem ao clamor do tambor e descem a terra para comunicar se com o homem completando assim este mistério onde o ponto de canalização se da pelas mãos dos alabes e o toque do tambor !!!!!
Axé!




(babalorixá moises de oxalá)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ANDRÉ D" SÁNGÓ

                                                          ANDRÉ D" SÁNGÓ  E EQUIPE

ANDRÉ D" SÁNGÓ

OGÁN-ÁLÁGBÉ-ONILÚ: *ANDRÉ D" SÁNGÓ ODÚMBADÉYI

TOQUES AFRICANOS PARA: BATUQUE, QUIMBANDA,CANDOMBLE NACION KETÚ, UMBANDA, ÉRESÚM( MISA AFRICANA CULTOS A EGUN-GUM...
*"SERONES, SESIONES, FIESTAS,"

*ESCUELA DE FORMACION DE ÁLAGBÉS Y TAMBOREIROS

*"SÁNGÓ OBAKOSSO- BABAINA"PROF. ÁLÁGBÉ ONILÚ CONSAGRADO ANDRE D" SÁNGÓ *CONTRACTACIONES AL:



CELU. 011(15)6-6627339// 15(3)3626164//15(3)893-7074 BS.AS ARGENTINA




Curimba de nosso templo, Esta equipe esta apta para  tocar para umbanda ,Kimbanda e Nação, com muito axé ,poderá  realçar  sua festa para seus orixás.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

                                        Mãe Cati do Agelú e os alabes de sua casa !!!
                                            Alabe Rossy de Oxala e Alabe Tais de Oya!!!!!
                                                         Alabes Tais de Oya e Lais de Oxum
ALAGBÊ  TAIS DE OYÁ, ALAGBÊ JUNIOR DE OGUM

FOTOS

ALAGBÊ LUAN DE XANGÔ,ALAGBÊ RUAN DE OXALA, ALAGBÊ GEAN

CURIOSIDADES SOBRE O ATABAQUE

CURIOSIDADES SOBRE O ATABAQUE
A origem do atabaque varia de texto pra texto, alguns afirmam que ele foi criado por árabes, outros afirmam que ele é de origem indígena, e alguns relatos desenvolvem suas teses dizendo que o Atabaque é de origem africana.
O tambor mais antigo foi encontrado em uma escavação de 6.000 anos A.C. Os primeiros tambores consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

Vou trabalhar esse texto pensando que o Atabaque tem origem africana e assim falar da sua importância junto aquelas tribos.

A África dita “negra” é composta por uma infinidade de etnias e culturas, mas o uso dos tambores é comum em todas elas.
Os negros propriamente ditos são os sudaneses e bantos, mas também existem na África os Semitas e Hamitas, ligados à raça branca, os Hottentotes e Boschimanos e os Negrilhos que são frutos da mestiçagem .

O atabaque era usado por essas tribos como um instrumento que substituía a linguagem falada.
Quando uma mensagem era passada através do atabaque, se o seu informante-músico era habilidoso e o receptor atencioso, códigos e informações poderiam ser passadas a uma distância onde voz não conseguia chegar.
Quando a mensagem era de perigo o toque era um, se era de festa o toque era outro e assim os toquem iam se distinguindo e se fazendo conhecer, de tribo para tribo através dos tempos e gerações.

Ainda tem o lado religioso, quando falamos de atabaque dentro da religião, principalmente no candomblé, eles ganham nomes, ordem de toque e têm grande importância, pois eles passam a representar os orixás.

Rum, Rumpi, e Lê, são os nomes dos três atabaques que comandam os rituais espíritas, cada tem um função, os tocadores passam a ser conhecidos como Ogã.

No Brasil os atabaques sempre foram utilizados em festas religiosas do candomblé da Bahia.
Na umbanda do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em festas folclórico-religiosas como o tambor de crioula do Maranhão,
Nas congadas, reisados e Moçambique de Minas Gerais. Nessas regiões o povo afro-descendente soma mais de 50% da população e naturalmente foram influenciados pela sua cultura.

Na capoeira ele é um instrumento secundário, (berimbau é quem manda numa roda de capoeira), sua finalidade é marcar o toque do berimbau. O bom tocador ou atabaqueiro é aquele que domina essas marcações.
Estas são curiosidades sobre o atabaque, instrumento

Tambor,atabaques e sua origem

O atabaque chegou no Brasil através dos escravos africanos, é usado em quase todo ritual afro-brasileiro, típico do Candomblé e da Umbanda e das outras religiões afro-brasileiras e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, empregados para convocar os Orixás, Nkisis e Voduns.
O atabaque é feito em madeira e aros de ferro que sustentam o couro. Nos terreiros de candomblé, os três atabaques utilizados são chamados de RUM, RUMPI e LE. O rum, o maior de todos, possui o registro grave; o do meio, rumpi, em o registro médio; o lé, o menor, possui o registro agudo. O trio de atabaques executa, ao longo do xirê, uma série de toques que devem estar de acordo com os orixás que vão sendo evocados em cada momento da festa. Para auxiliar os tambores, utiliza-se um agogô; em algumas casas tocam-se também cabaças e afoxés. (professor Luiz Antônio Simas)

Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos blocos de afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim.

Os atabaques são encourados com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás, independente da cerimônia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados, o couro que veio da loja geralmente é descartado, o cilindro de madeira só depois de passar pelos rituais é que poderá ser usado no terreiro.

O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura. Para ouvir um toque de barra vento acesse www.youtube.com e pesquise Barra Vento

Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo RUM (o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é o Alagbê que começa o toque e é através do seu desempenho no RUM que o Orixá vai executar sua coreografia, de caça, de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o RUMPI e o LE.


Os atabaques são chamados de Ilubatá ou Ilú na nação Ketu, e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações adotaram esses nomes Rum, Rumpi e Le para os atabaques, apesar de ser denominação Jeje.

Essa é a diferença entre o atabaque do candomblé e do atabaque instrumento musical comprado nas lojas com a finalidade de apresentações artísticas, que normalmente são industrializados para essa finalidade.

Segundo Edison Carneiro, o som do atabaque é o mesmo tam-tam de todos os povos primitivos do mundo. Consiste numa pele seca de animal esticada sobre a extremidade de um cilindro oco.

No tempo de Manuel Querino haviam várias espécies de tabaques como eram chamados na época: pequenos Batá, grandes Ilú e os atabaques de guerra, bàtá koto, que desempenharam grande papél nos levantes de escravos, na Bahia no começo do século XIX, o que determinou a proibição expressa de sua importação desde 1835.

[editar] Bahia
Raul Lody descreve que "os atabaques sempre foram alvo da polícia baiana e estavam terminantemente proibidos durante o Estado Novo. Para tocar os instrumentos, somente na clandestinidade, já que a Delegacia de Jogos e Costumes não costumava dar sopa. Mas um encontro nos bastidores mudaria essa história. Aproveitando uma viagem ao Rio de Janeiro, mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé do Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, usou de sua influência e conseguiu uma audiência com o presidente Getúlio Vargas. Ela só queria cultuar a religião dos seus antepassados e Getúlio não teria como resistir ao pedido legítimo de uma criatura tão doce. O encontro de Aninha com o presidente do Brasil resultaria no Decreto 1.202, que permitiu o uso dos atabaques nos terreiros. O acontecimento é considerado um passo importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos. Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo da Bahia, em plena festa da Lavagem do Bonfim."

[editar] Maranhão
No Maranhão se toca tambor nas casas de Tambor de Mina, os batás ou abatás são tambores horizontais feitos de madeira, compensado ou zinco, encourados com pele nas duas extremidades, apoiados sobre um cavalete de madeira, afinados por torniquete e tocados com as mãos. Seus tocadores são chamados de batazeiros ou abatazeiros.

No Jeje-Mina, na Casa das Minas os toques são realizados por três tambores com couro numa só boca (hum, humpli e gumpli), batidos com a mão e com aguidaví. São também acompanhados pelo ferro (gã) e por cabaças pequenas revestidas de contas coloridas.

[editar] Pernambuco

Ilús Abertura Religiosa - Foto: Pejigan Clô D'OgyianNo Recife os tambores são denominados de ilus usados no Xambá e alfaias que são usados nos Maracatus do Xangô do Recife usam pequenos tambores de barril, com couro nas duas extremidades, são tocados com birros o nome que recebe as baquetas de madeira.

Na Nação Xambá, o Terreiro Santa Bárbara localizado em Portão do Gelo em Olinda, PE, seus atabaques são chamados Ilu.

O ritmo do Maranhão é diferente do de Pernambuco e o de Pernambuco é similar ao tocado na Bahia. A diferença está nos instrumentos.

[editar] Rio de Janeiro
O Caxambu é o tambor cerimonial maior ou principal utilizado na manifestação cultural afro-brasileira denominada Jongo.

[editar] Rio Grande do Sul


No Batuque os tambores ou atabaques são um pouco diferentes do que é usado no Candomblé.

Dos instrumentos da foto o maior (branco e vermelho) é chamado de Inhã e o tambor vermelho é o de uso tradicional da Nação Ijexá.

Os outros dois instrumentos do centro são o Agê (instrumento feito com uma cabaça inteira trançada com cordão e contas diversas), no Candomblé é chamado de Afoxé.

Ao som dos tambores, as pessoas formam uma roda de dança em louvor aos Orixás, a cada um com coreografias especiais de acordo com suas características.

[editar] Toque
É a percussão dos tambores ou Atabaque que varia de acordo com a nação do Candomblé. Essa percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado.

Dobrar os couros - é um repique lento sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitas ilustres que estão chegando no terreiro, praticamente é o convite para a pessoa entrar. Durante a festa, quando chegam os convidados ou sacerdotes e ogans de outras casas, interrompe-se o toque que está sendo executado para os orixás e dobra-se os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. Algumas casas de candomblé não usam dobrar os couros para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. Dobra-se os couros também em outras ocasiões, mas sempre para homenagear.

Nas casas de candomblé bantu Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dos aguidavi.

A palavra também pode ser usada como toque de candomblé referindo-se as festas públicas, ou toque de orixá alguns exemplos:

Hamunha ou Avamunha : Toque que servem para saída e recolhimento de filhos e orixás.
Adarrum ou Adahun : Toque que serve para chamar orixás
Opanijé : Toque para o Orixá Obaluayê
Alujá : Toque para o Orixá Xangô [1]
Ijexá : Toque para o Orixá Oxum
Ilú ou Ylú : Toque para o Orixá Oyá
Agueré : Toque para o Orixá Oxóssi
Igbin : Toque para o Orixá Oxalá
Batá : Toque para o Orixá Oxalá
Bravun : Toque para o Orixá Oxumarê
Sató : Toque para o Orixá Nanã
Barlavento ou Barravento[2] : Toque de Angola e Congo
Congo de Ouro : Toque de Angola e Congo
Muzenza : Toque de Angola e Congo
Cabula : Toque de Angola e Congo
Na roda de capoeira também é usada como jogo/toque para diferenciar o ritmo a ser tocado no berimbau e jogado pelos participantes.

Tambores são tão ancestrais quanto o próprio homem. Os primeiros foram criados e manuseados ainda na Pré – História, com o objetivo de cultuar Deuses e como forma de agradecer a comida conseguida por meio da caça aos animais.
Milênios se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e a cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio – econômicos de cada época. Imagens, cerimônias, mitologia, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques, são expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade.
O homem pré – histórico acreditava que a pele de sua caça esticada em troncos de arvores reproduzia o choro do animal morto. E foi com esse sentimento de gratidão que passou a consagrar a morte de sua caça. Pode – se dizer que esse foi um dos princípios da manifestação religiosa do homem e a origem dos tambores. O toque do tambor revela a arte de conectar – se com a Mãe Terra e com nosso eu interior, sintonizando nosso coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível, constatando nossa ancestralidade e todos os reinos da Natureza.
Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita – se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de arvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação de roupas e outros objetos, percebeu – se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos dependem dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu. São típicos nos cultos afro – brasileiros; na dança, nos pontos cantados, no transe.
Em sua fase mais primitiva, a manifestação religiosa do homem tinha como base principal o contato com as divindades – o transe.
A musica e a dança sempre foram os principais feradores dessa comunicação com os Deuses. Alguns historiadores e antropólogos do século vinte destacaram a idéia de que a maneira utilizada para se chegar aos conhecimentos místicos em religiões primitivas, esteve sempre associada ao êxtase ( o transe ) provocado pelo toque do tambor. Esse instrumento seria então o responsável pela comunicação entre o homem e as divindades – seres responsáveis pelo comando da Natureza em nosso planeta.
Mesmo nas religiões mais antigas, o toque dos tambores também foi utilizado não somente para o culto às divindades, mas também como forma de manter contato com os espíritos dos mortos.
Tão comum nas religiões primitivas, segundo a Bíblia, essa pratica foi “proibida por Deus” aos filhos de Israel. Isso acabou por gerar, ao passar do séculos, que a crença dos mais antigos – o fato do tambor constituir – se em instrumento sagrado, e que seu toque fosse utilizado como forma de contato entre os homens e o mundo invisível, pertencente às divindades e aos espíritos dos ancestrais, fosse uma simples superstição.
Por que o tambor foi excluído em narrativas da Bíblia com relação às cerimônias religiosas.
Foi proibido ao povo de Israel tudo aquilo que era praticado anteriormente à revelação das leis, como o uso de bebida forte, o adultério, a utilização de escravos, entre outras praticas. O tambor e as danças eram utilizados em cerimônias festivas. Mas, segundo relatos da Bíblia, quando Davi decidiu erguer um templo para Deus. Este determinou quais instrumentos poderiam ser utilizados: címbalo ( dois meios globos de metal, percutidos um contra o outro ), alaúde ( antigo instrumento de cordas de origem oriental ) e harpa. Apesar disso, Deus não proibiu a utilização do tambor em outras cerimônias e celebrações.
Há uma outra explicação de religiosos que, de certa forma não aceitam e até discriminam a utilização de tambores em cultos religiosos, a de que o som da percussão teria a capacidade de tirar do homem a consciência e o juízo, portanto, esse instrumento deveria estar fora do culto, que necessita da “lucidez da mente” para o conhecimento de Deus e de sua vontade revelada.
Os Tambores na África
Nas sociedades africanas, a tradição oral é o método pelo qual histórias e crenças religiosas são passadas de geração em geração, transmitindo elementos de uma cultura. Uma parte integrante da tradição oral africana é, sem duvida, a dança e o canto, e o mais importante instrumento musical africano é o tambor, em diferentes tamanhos e formas e para diferentes fins.
O tambor é utilizado para enviar e receber mensagens espirituais, e é essencial na preservação da tradição oral. Na religião africana de culto aos Orixás e Ancestrais, é considerado sagrado, e seu tocador é classificado como um comunicador oral. Aquele que toca o tambor é um orador e um comunicador de mensagens sagradas.
No ritual religioso, os tambores são o inicio de tudo, sempre representaram papel muito importante na cultura africana. Existe um antigo provérbio que diz: ” Quando os tambores são tocados, eles não mentem “.
O ‘ Djembe ‘ é possivelmente o mais influente e a base de todos os outros tambores africanos, e remota há pelo menos 500 anos d.C. é um tambor sagrado utilizado em cerimônias de cura, rituais de passagem, culto aos ancestrais e ainda em danças e socialmente.
Os Tambores Batá
A origem dos tambores Bata remonta há mais de 500 anos, e sua história sobreviveu juntamente com o povo Yorubá, que chegou à América como escravo, mostrando a profundidade dessa religião e cultura, das quais é parte importante. O tambor Bata faz parte da prática religiosa chamada de “Santeria”, desenPublicar postagemvolvida em Cuba e nos EUA, com influencia principal da religião tradicional Yorubá, mas também de outros grupos étnicos, como os de língua Bantu, da região do Congo.
Os tambores Bata podem falar, e não no sentido metafórico, podem realmente ser usados para recitar preces religiosas, poesias, saudações e louvores. Em Cuba, são utilizados em todas as cerimônias relacionadas ao Orixás, e recebem o nome de ‘ Bata de Fundamento’. Sua fabricação e consagração requerem toda uma força espiritual, que é inserida dentro de seu cilindro de madeira. Ao ser consagrado, recebe o nome de ‘ Ayàn ‘.
Tambores em rituais Indígenas Brasileiros
Um dos mais importantes instrumentos sonoros das culturas indígenas do Brasil, por se relacionar com o lado pratico, musical e religioso, é o tambor. Existem os tambores de madeira, tambores de tábua, tambores de tronco escavado, feitos e moldados a fogo.
Alguns tipos de tambores indígenas:
a.. Tambor Catuquinaru: Instrumento de sinalização.
b.. Tambor de Fenda: Feito de uma tora de madeira e escavado por meio de pedras incandescentes.
c.. Tambor de Carapaça: Feito de Carapaça de tartaruga.
d.. Tambor de Cerâmica: Consiste num vaso de barro, tendo abertura fechada com couro. É um velho elemento de civilização, talvez representando um dos mais antigos tambores do mundo.
e.. Tambor de Pele: Confeccionado com um cilindro de madeira, geralmente fechado de um lado só. A fixação da pela é feita com cipós, por meio de compressão.
Há muitos templos de Umbanda que * Os tambores feitos de tora de madeira tanto existem nas tribos brasileiras, quanto entre populações da África e Oceania. Também os tambores de cerâmica podem ser encontrados na África.
A Orquestra do Candomblé
A orquestra do Candomblé é constituída por atabaques, agogôs, cabaças e chocalhos. Os atabaques são três, em tamanhos diferentes: Rum (maior), Rumpi (médio) e Lê (menor). Existe também o Agbé ou piano de cuia, o Adjá e o Xeré, este último só é usado em festas para Xangô. Os tocadores tem um chefe denominado de Alabê. Os atabaques são considerados essenciais para invocação dos Deuses.
Utilização dos Atabaques na Umbanda
Não se utilizam de atabaques em seus cultos. Se voltarmos ao inicio, quando a Umbanda foi anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não havia a utilização de tambores, apenas cânticos. O ritmo era mantido com o bater compassado dos pés no chão. Atualmente, a explicação para muitos temploes manterem essa formação sem tambores nos rituais de Umbanda é a de que os atabaques e o seu som percutido levam o médium a um processo de transe anímico, ou seja, estimulam o atavismo, a lembrança ancestral, o afloramento do subconsciente do médium, o que pode dificultar a atuação das Entidades Espirituais. Até mesmo as palmas, em muitos locais são dispensadas.
Os atabaques utilizados nos templos de Umbanda servem como ponto de ligação e louvação aos Orixás e Guias de Umbanda. Dão ritmo aos cânticos e criam fortes vibrações para a chamada e descida das Entidades que estarão ali trabalhando. Da mesma forma, são utilizados no acompanhamento rítmico das cantigas de ” subida “, ao termino das sessões.
Há todo um preparo e consagração desses tambores para que sejam utilizados no rituais umbandistas, igualmente aos Ogans e Alabês, responsáveis pelos toques. O uso dos atabaques surgiu na Umbanda, acredita – se, por influencia dos cultos de origem africana, em especial o de origem Bantu ( Angola ), em que os tambores são percutidos com as mãos, diferentemente dos Candomblés de Nação Keto, que utilizam varetas, chamadas de ” Akidavis “.
Após a anunciação da Umbanda, a fundação da Tenda Nossa Senhora da Piedade e todas as outras determinadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, houve um período em que alguns lideres religiosos e intelectuais foram a África no intuito de pesquisar as origens da ancestralidade africana da Umbanda, em contraponto à chamada Umbanda Esotérica, que identificava as origens da Umbanda em antigas culturas orientais. Trouxeram para a Umbanda praticas utilizadas apenas em cultos de origem africana, como o toque dos atabaques.
A Formação da Corimba de Umbanda
A chamada ” Corimba ” é formada pelos Ogans, responsáveis pelos toques que chamarão e receberão as Entidades em Terra, que irão trabalhar na Gira de Umbanda, e pelos cantores, que puxam os pontos cantados – cânticos de descida e subida. É o conjunto musical da Umbanda, responsável pelo inicio e término dos trabalhos.
É pelo toque dos atabaques que se faz a conexão com o Mundo Espiritual, permitindo assim que os Guias realizem seus trabalhos nos templos de Umbanda, por meio dos médiuns ali presentes.
O Poder dos Tambores Indígenas
Na cultura dos índios americanos, os tambores são objetos sagrados, usados pelo Xamã ( líder espiritual ) na cerimônias de cura. Também servem para proteger o ambiente.
De acordo com os princípios do Xamanismo, cada pessoa tem um bicho de poder que o acompanha por toda a vida. Para descobrir qual é o animal de cada um, é feita uma jornada xamânica em que a pessoa relaxa ao som do tambor e visualiza a imagem do bicho. Feita a descoberta, o animal é então pintado no tambor.
Os nativos norte – americanos associam o toque do tambor às batidas do coração da Mãe – Terra e também ao som do útero. O tambor dá acesso à força vital através de seu ritmo. É a canoa que leva ao mundo espiritual, o instrumento que faz a comunicação entre o Céu e a Terra. É usado para ativar e curar o nosso espírito, alinhando – se com a vibração do nosso coração e com a Mãe Terra. Cada tambor tem seu próprio som, sem igual. Usado em cerimônias, danças, canções e para celebrar.
Os Tambores Xamânicos
Os tambores xamânicos existem há pelo menos 40 mil anos em todas as cultuar tradicionais do planeta. Está associado à direção Sul, ao arquétipo do Curador, ao elemento Terra, às criaturas de Quatro Patas e com a qualidade da Cura. É utilizado para produzir diversos tipos de ritmos com finalidades diferenciadas, desde a musica para a celebração e a dança até o toque constante, que leva ao transe profundo ou ao frenesi coletivo.
Muitos Xamãs usam seu tambor para realizar diversos tipos de cura, como o resgate de uma alma perdida ou sair viajando por outras dimensões do ser em busca de visões e conhecimento. Durante as experiências são comuns as visões de Animais de Poder, Aliados Espirituais, ou outras visões de poder ou de cura.
O som do tambor facilita a conexão de qualquer pessoa com o seu mundo interior e com todos os ritmos de seu corpo, produzindo um estado de relaxamento, de equilíbrio e ampliação de consciência, proporcionando assim uma conexão e harmonização com os ritmos planetários e cósmicos.
Para os que praticam os Rituais Xamânicos – religião oriunda de povos asiáticos e árticos, pratica filosófica e de cura encontrada no mundo todo – , as batidas do tambor são como as batidas do coração da Mãe Terra.
O tambor representa a própria cultura xamânica, unificando – a e aproximando as comunidades. Costuma ser utilizado em diferentes ocasiões, como casamentos e funerais, e em todas as reuniões dos povos nativos, criando uma aura energética que possibilita a conexão com o Mundo Espiritual. Também são utilizados por curandeiros, em rituais de cura.
Fonte: Revista Espiritual de Umbanda


Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
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Postado por Emidio às 15:01
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Função do Alagbê- Tambor -Atabaque

Tais instrumentos possuem um papel essencial nas cerimônias. Eles foram batizados e, de vez em quando, é preciso manter suas forças, o Axé, por meio de oferendas e sacrifícios. Os atabaques preenchem um duplo papel: o de chamar os Orixás no início da cerimônia e, quando os transes de possessão se produzem, o de transmitir as mensagens dos deuses. Somente o Alagbé e seus auxiliares, que tiveram uma iniciação, têm o direito de tocá-los. Nos dias de festa, os atabaques são envolvidos com tiras de pano, nas cores do Orixá evocado. Durante a cerimônia, eles saúdam com um rítmo especial, a chegada dos membros mais importantes da seita e estes vem se curvar e tocar respeitosamente o chão, durante uma cerimônia, em frente da orquestra, antes mesmo de saudar o Pai ou a Mãe de Santo do terreiro. No caso em que um desses atabaques seja derrubado ou venha a cair no chão durante uma cerimônia, esta é interrompida por alguns instantes, em sinal de contrição. O uso do tambor Batá, utilizado por Xangô na África, perdeu-se no Brasil mas foi mantido em Cuba. Os ritmos chamados de Batá são ainda conhecidos por este nome na Bahia. Acontece o mesmo com o ritmo denominado Igbin, dedicado a Oxalá, que na África é batido sobre tambores que levam o mesmo nome. Outros ritmos como, por exemplo, o Igexa, são tocados em certos terreiros sobre os Ilús, pequenos tambores cilíndricos com duas peles ligadas uma à outra, durante os cultos de Oxun, Ogun, Oxalá e Logumedé. Durante os toques de chamada feitos no início da cerimônia, os atabaques são batidos sem acompanhamento, sem danças e sem cantos, o que contribuiu para realçar, graças a este despojamento de elementos melódicos, a pureza do ritmo associado a cada Orixá.



O elemento melódico das músicas africanas destaca-se, no decorrer das cerimônias privadas, no momento dos sacrifícios, oferecimentos e louvores dirigidos às divindades frente aos Pejís. São cantos sem acompanhamento de tambores, o ritmo ficando ligeiramente marcado pelo bater das palmas. A melodia é rigorosamente submetida às acentuações tonais da linguagem Yorubá. Os dois elementos, ritmo e melodia, encontram-se associados no decorrer do Xirê público, quando os sons dos atabaques são acompanhados por cantos.

DICIONÁRIO YORUBÁ – PORTUGUÊS





A
ABADÁ – Veste branca ou de cor de mangas largas, usada pelo Yorubás.

ABADÔ – Parte da vestimenta da Orixá Oxum

ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque.

ABARÁ – Bolo feito com massa de feijão-fradinho, cebola, camarão-seco, sal, enrolado com folhas de bananeira e cozido no vapor de água quente.

ABASSÁ – Terreiro de Candomblé que segue os preceitos da nação Angola.

ABATÁ – Sapato ou qualquer tipo de calçado.

ABÊ – Tida como irmã gêmea de Badé, vodum feminino cultuado no Maranhão.

ABEBÊ – Leques de Oxum e Yemanjá, sendo o de Oxum metal dourado e o de Yemanjá metal prateado.

ABIAN – Nome dado ao iniciado no Culto dos Orixás que ainda não recebeu qualquer tipo de obrigação.

ABICUN – Uma criança que morre logo após o parto para atormentar os pais, nascendo e renascendo indeterminadamente.

ABIODUN – Título de um dos Obás de Xangô.

ABÔ – Banho de ervas sagradas dos Orixás.

ABOMI – Um dos nomes atribuídos a Oxum e a Xangô, em cultos ligados a água. Abomi quer dizer ao Orixá: aceite água.

ACAÇÁ – Comida ou alimento dos Orixás. Bolo feito com massa de farinha de milho branco ou arroz, cozido em água, sem sal e envolto em folhas de bananeira. É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer outro orixá.

ACARAJÉ – Bolo feito com massa do feijão fradinho, cebola, camarão seco, sal, e frito no azeite de dendê.

ADARRUM – Toque do Orixá Ogum.

ADARRUN – Toque rápido e contínuo dos atabaques para chamar os Orixás nas cabeças dos filhos de santo; para forçar os deuses a descer.

ADÉ - Homem com trejeitos femininos, homem afeminado.

ADIÊ – Galinha preparada para sacrifício aos Orixás.

ADJÁ – Pequeno sino cerimonial. Campânula de metal com duas ou mais bocas tocadas pelo pai ou mãe-de-santo, nas cerimônias rituais a fim de facilitar o transe dos filhos de santo.

ADOBALÉ – Nome dado ao ato de deitar-se no chão para ser abençoado pelo Orixá.

ADOCHU – Nome atribuído aos iniciados no culto dos Orixás, e também nome de um pequeno cone feito com ervas e outros axés.

ADUN – Comida de Oxum feita com milho torrado e moído, com um pouco de azeite de dendê e mel de abelhas.

ADUPÊ – Bode.

AFOMAN – Um dos nomes do Orixá Omulu, em Candomblés baianos. Deriva de Afomó: contagioso, infeccioso.

AFOXÉ – Ritual de cunho folclórico, muito difundido na Bahia.

AGANJU – Umas das qualidades de Xangô no Brasil. Em Yorubá significa deserto.

AGÉ – Pessoa que não entende o Ritual.

AGODÔ – Umas das qualidades de Xangô no Brasil.

AGOGÔ – Instrumento de percussão feito de sinos que marcam o toque dos orixás.

ÁGUAS DE OXALÁ – Cerimônia de purificação do terreiro. Esta Cerimônia marca o início do ciclo de festas litúrgicas nos Candomblés de origem Yorubá e Jeje no Brasil.

AGUÉ – Nome de um vodum Jeje, que corresponde ao orixá Ossain.

AGUERÊ – Dança de Iansã.

AGUERÉ – Toque cadenciado com 2 variações: uma para Oyá, outro para Oxóssi. É conhecido como “quebra-pratos”.

AGUIDAVIA – Varetas de cipó, goiabeira, marmelo ou ipê utilizadas para tocar atabaque.

AIÊ – A terra, o solo, sob o domínio de Obaluaiê.

AIRÁ – Xangô velho – Uma das qualidades de Xangô.

AIUKÁ – Fundo do mar, para o povo Banto.

AJAPÁ – Cágado, tartaruga. O animal sagrado de Xangô.

AJÉ – Feiticeira

AKÃ – Faixa usada para amarrar no peito dos médiuns incorporados.

AKEPALÔ – Sacerdote.

AKESSAN – Um dos nomes do Orixá Exú.

AKIKÓ – Galo

AKIRIJGEBÓ – Freqüentador do Candomblé.

AKOKEM – Galinha D’angola.

AKUKÓ – O mesmo que Akikó - Galo.

ALÁ- Deus para os daomeanos da nação Jeje.

ALABÉÊ – Tocador de tambores líder no terreiro. Aquele que canta pontos de Candomblé.

ALAFIM – Uma das qualidades de Xangô.

ALAKETO – Nação do povo Iorubá-Nagô.

ALFANGE – Objeto semelhante a uma espada.

ALIBÃ – Polícia.

ALOJÁ – A dança do ritual de Xangô.

ALOYÁ – Senhora Oyá. O mesmo que Iansã ou filho de Oyá.

ALUÁ – Bebida feita com farinha de milho ou de arroz, fermentada em água com cascas de frutas, gengibre e um pouco açúcar. É servida nos terreiros de Candomblé, principalmente aos caboclos.

ALUAIÊ – Nação Jeje – Angola

ALUBOSA – Cebola

ALUFAM – O mesmo que olufóm, Senhor da cidade de Ifóm, a que mais cultua Oxalá.

ALUJÁ – Batida de tambor especial para Xangô.

AMALÁ – Faz parte da culinária sagrada de Xangô. Comida feita com quiabos.

AMOBIRIM – Mulher que não casou , mulher solteira.

ANA – O mesmo que ontem.

ANAMBURUKÊ – Um dos nomes de Nanã Burukê, a mais velha de todos os Orixás.

ANGOLA – Região do sudoeste da África, de onde vieram negros escravos para o Brasil, trazendo vários dialetos de origem Bantu como Kimbundo, Embundo, Kibuko e Kikongo.

ANGORÔ – Na nação angola, significa qualidade de Oxumarê.

AÔBOBOI – Saudação do Orixá Oxumarê.

APAOKÁ – Orixá da jaqueira, por ser muito cultuado nela.

APARÁ – Uma das qualidades da Orixá Oxum, quando se apresenta carregando uma espada.

ARÉ – Culto ao orixá Ogum na Nigéria.

ARÊ – Ruas e Encruzilhadas.

ARESSA – Um dos 12 ministros de Xangô.

ARIAXÉ – Banho ritual com folhas sagradas para os iniciados. Ariaxé também é o nome do local onde são feitos estes banhos.

ARIDÃ – Fruto do qual se origina o Obi.

ARROBOBÔ – Uma das saudações do Orixá Oxumarê.

ARUQUERÊ – Objeto de metal usado por Oxóssi.

ASSENTAR – Consagrar objetos lançando mão de apetrechos e rituais, a fim de oferecê-los ao Orixá que se quer.

ATABAQUES – São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande, que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama RUM, o médio RUMPI e o pequeno LÉ.

ATARÉ – Pimenta da Costa.

ATIM – Pó de pemba.

ATOTÔ – Expressão muito utilizada no Brasil para saudar o Orixá Omulu / Obaluaiê.

AXÉ – Força vital que dá vida a todas as coisas, presente especialmente em objetos ou seres sagrados, também nome de objeto sagrado. Expressão utilizada para passar força espiritual, podendo ser ainda, o mesmo que amém, assim seja.

AXEXÊ – Ritual fúnebre para libertar o espírito da matéria.

AXÓ – Roupas dos filhos de santo.

AXOÔGUN – Espécie de Ogan que tem como função sacrificar animais para os Orixás. Ele tem conhecimentos a respeito d e todos os sacrifícios, rituais, rezas, cantigas e maneiras de agradar os Orixás.

AXOQUÊ – Um dos nome de Yemanjá no Candomblé de origem Bantu.

AXOXÔ – Comida feita com milho vermelho cozido, enfeitado com fatias de coco. Comida dada aos Orixás Ogum e Oxóssi.

AYÊ – Tem dois sentidos, podendo significar terra ou vida.

AZANODÔ – Espécie de vodun muito cultuado na casa de minas, no maranhão.

AZÊ – Capuz de palha da costa usado por Omulu ou Obá.



B


BABA – Pai

BABÁ – Expressão usada para saudar Oxalá

BABALAÔ – O sacerdote do culto de Ifá. Quer dizer: aquele que tem o segredo. Diz-se da pessoa que pode ver através do jogo de Opelê-Ifá (jogo de búzios).

BABALORIXÁ – Sacerdote líder. Só pode chegar a essa posição depois de sete anos de ter sido feito no santo. O mesmo que pai de santo.

BABALOSANYIN – Pessoa (com preparo especial)encarregada de colher as ervas sagradas dos Orixás.

BABA KEKERÊ – O mesmo que Pai Pequeno.

BACO – Ato sexual.

BALÊ – Cemitério, casa dos Eguns.

BALUÉ – Banheiro, local de banho.

BARÁ – Nome do Exú que protege o corpo.

BARCO – Nome dado ao grupo de filhas e filhos de santo iniciados ao mesmo tempo.

BARRACÃO – Onde as cerimônias tomam lugar.

BARRAVENTO – Gíria que define o desequilíbrio momentâneo que os filhos de santo sofrem antes da incorporação.

BARU – Nome dado ao Xangô violento, ligado ao fogo e, às vezes a Ogum.

BATETÉ – Comida dos Orixás.

BOBÓ – Comida dos Orixás.

BORI – Sacrifício animal, cerimônia, primeiro estágio da iniciação.

BRAVUN – Toque dos atabaques, sonorizados de forma a chamar diversos Orixás. É também a dança de Oxumarê.



C


CABAÇA – Fruto do cabaceiro utilizado em diversas formas, e em diversos rituais.

CAÇUTE – Na Bahia, caçute é uma espécie de Oxalá.

CALIFÃ – Prato ritualístico com 4 búzios, onde se pede a confirmação aos Orixás em certos rituais.

CALUNGA – Termo que designa uma espécie de entidade da linha de Iemanjá. Pode ainda significar Cemitério (Calunga Pequena) e mar (Calunga Grande).

CAMARAN-GUANGE – Na nação Angola, é uma espécie de Xangô.

CAMBONA(O) – Auxiliar sagrado dos rituais de Umbanda.

CAMUTUÊ – Cabeça dos filhos de santo.

CANDOMBLÉ – Nome que define os cultos afro-brasileiros de origem Jeje, Yorubá ou Bantu.

CAÔ – Saudação a Xangô.

CAPANGA – Uma espécie de bolsa que os Orixás usam para carregar seus apetrechos.

CARREGO – Pode vir a ser um despacho, uma obrigação ou qualquer tipo de carga negativa.

CARURU – Comida de Ibêji, feita com quiabos, frango, sal e azeite de dendê. Também pode ser um tipo de erva comestível, de paladar semelhante ao espinafre.

CATENDÊ – Para o povo de Angola, é uma espécie de Ossain.

CAVARIS – Conchas da África, búzios, instrumento pelo qual se faz as consultas a Ifá.

CAVIUNGO – Inkice correspondente ao Omulu dos Yorubás.

CAVUNJE – Moleque.

CAXIXI – Instrumento utilizado nos cultos para acompanhar os cânticos. É feito com vime trançado, e tem em seu interior algumas sementes.

CINCAM – O mesmo que “não”.

COITÉ – Fruto que partido ao meio, serve como recipiente para servir bebidas aos orixás e participantes do culto.

COLOBÔ – Exú.

COLOFÉ – Abenção.

CONCINCAM – O mesmo que “sim”.

CONGO – Subdivisão do Angola-Congo. Congo é a nação do povo Banto.

CURIMBA – Os cânticos realizados da Umbanda.



D

DÃ – O mesmo que Oxumarê.

DAGÃ – Filha de santo antiga na casa, encarregada de tratar dos exús.

DAMATÁ – O mesmo que Ofá.

DANDÁ – Tipo de raiz, utilizada nos cultos aos Orixás por suas diversas utilidades. é mais conhecida como dandá da costa.

DANDELUANDA – Yemanjá na cultura Bantu.

DAOMÉ – O mesmo que DAHOMEY, antigo nome da atual República de Benin, na África.

DECIÇA – Esteira de tapume.

DELONGÁ – Prato

DELONGA – Vasilha de beber. Caneca.

DESPACHO – Algum ebó que se oferece aos Orixás em troca de conseguir o que se quer. O despacho é feito fora do terreiro e geralmente envolve queima de pólvoras e holocaustos.

DIA DE DAR O NOME – É o dia da festa de Orukó, realizada após a iniação de um Yaô, quando o Orixá diz seu nome em público.

DJINA – Nome dado aos iniciados nos cultos de origem Bantu e que fará conhecido pela comunidade. Como o nome não deve ser pronunciado em vão, chama-se o nome pela Djina.

DOBALÉ – Pode ser saudação entre orixá femininos ou o ato de bater a cabeça.

DEBURÚ – Pipocas.

DOUM – Segundo a lenda Yorubá era o nome de Exú quando criança, por ter uma forte semelhança com os Ibejis (crianças).

DUDÚ – De cor preta, em Yorubá.

DZACUTA – Aquele que atira pedras. É também uma das qualidades de Xangô no Brasil.



E


EBÁ – Despacho feito a Exú.

EBÓ – Toda e qualquer comida ritualística oferecida aos orixás, independentemente se é para agradar o Orixá ou para servir como despacho, por exemplo.

EBÔMI – Estágio atingido pelo iaô depois de sete anos de aprendizado.

EBÔMIN – Filha de santo que cumpriu a iniciação.

ECHÉ – Oferenda feita com as vísceras dos animais consagrados a seus respectivos Orixás.

EDAM – A cobra de Oxumarê.

EDÉ – Cidade da Nigéria que cultua Eguns.

EDI – Ânus.

EDU – Carvão.

EFÓ – Comida de Ogum feita com caruru e ervas.

ÉFUM – Desenhos feitos com giz no corpo dos iniciados.

EFUM – Farinha de mandioca.

EGÊ – Sangue de animais, o mesmo que “xôxô”.

EGUNGUM – Osso. Refere-se também aos espíritos dos antepassados.

EGUNITÁ – Qualidade de Iansã.

EGUN – Alma, espírito desencarnado.

EIRU – Mocotó ou rabada cerimonial.

EJÁ – Peixe.

EKÊ – Fingimento, mentira.

EKEDE, EKEDI – O mesmo que Cambona(o).

EKÓ – Espécie de acaçá ofertado a todos os orixás e, principalmente a Eguns.

EKU – Morte.

ELEDÁ – Senhor dos vivos. Entidade que governa o corpo material. Um dos títulos de Olorum, pode ser também o primeiro Orixá da cabeça de uma pessoa.

ELEDÊ – Porco.

ELEGBÁ – Vodun cultuado na nação Yorubá, correspondente a Exú.

ELEGBARÁA – Um dos títulos de Exú, que quer dizer Senhor da Força.

ELUÔ – Adivinhador.

EPA-BABÁ – Saudação a Oxalá-Guiã.

EPARREI – Saudação a Iansã.

EPÔ – Azeite de dendê.

EPOJUMA – Azeite doce.

EPONDÁ – Uma das qualidades da Oxum.

ERAM – Carne.

ERÊ – Espírito infantil que incorpora depois dos Orixás, a fim de transmitir recados aos iaôs. Quando se recolhe passa-se uma semana incorporada por um erê.

ERILÉ – Pombo.

ERUEXIM – Rabo de cavalo. É também um objeto de metal atribuído a Iansã. Este rabo de cavalo é usado por Iansã para afastar as almas dos eguns. Presente dado a ela pelo Orixá Oxóssi.

ERUQUERÊ – Rabo de animal.

ETABA – Charuto, cigarro.

ETU – Galinha D'angola.

ETUTU – Reza para fazer feitiçaria.

EWÁ – O número de dez.

EWÊ – Folha.

EXÊ-EÊ-BABÁ – Saudação cerimonial para Oxalá.

EXÚ – Orixá da comunicação, senhor dos caminhos. É o primeiro a ser reverenciado nos rituais e trabalha tanto para o bem como para o mal.




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F

FÁ – Divindade correspondente a Ifá, Orixá da sabedoria e da adivinhação.

FAZER A CABEÇA – Ritual de iniciação que tem por objetivo tornar a pessoa apta a incorporar o Orixá.

FIBÔ – Uma qualidade de Oxóssi.

FIFÓ – Lampião de querosene.

FILÁ – Capuz confeccionado com palha da costa que cobre o Orixá Obaluaiê.

FON – Uma das tribos que trouxe para o Brasil e cultura Jeje, a qual cultua os voduns.



G


GANGA – Exús.

GANGA-ZUMBÁ – Foi um dos mais famosos chefes guerreiros que abrigavam escravos foragidos no Quilombo dos Palmares. Era um dos mais respeitados naquela comunidade, por isso tinha todas as honras, era tratado como o rei dos escravos.

GÊGE – O mesmo que Jêje ou Jeje, tribo com dialeto próprio oriundo do antigo Dahomey Mesmo tribo que implantou o culto aos voduns no Brasil. Atualmente , eles se fundiram com seus tradicionais inimigos, os Yorubás, que aqui levam o nome de Nagôs, formando, então, uma tribo ramificada, a “Jêje-Nagô-Vodum”.

GONZEMO – Altar do povo de Angola.

GU – É o Ogum da Nação de Gêge.

GUDUPE – Palavra usada para denominar qualquer animal de quatro patas.

GUEDELÉ – Máscaras usadas nos rituais de feitiçaria.

GUERÊ – Qualidade de Iansã.

GUÊRRE – Farinha de mandioca usada na preparação de comidas.

GUIA – Fio de contas usados nos rituais afro-brasileiros. Na maioria das vezes essas guias correspondem aos Orixá do Filho de Santo.

GUIAME – Colar dos Orixás.

GUINÉ – Folhas utilizadas nos rituais.

GUM – O mesmo que “GU”, o vodum correspondente para os daomeanos, ao Ogum dos Yorubás.

GUNOCÔ – Orixá da linhagem de Ogum que habita as florestas.



H

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I


IÁ – Mãe.

IALORIXÁ – A suprema em uma casa de santo. O mesmo que mãe de santo.

IANSÃ – Nome do Orixá feminino que controla os ventos, raios e tempestades. Foi uma das esposas de Xangô, e também a mais fiel delas.

IAÔ – Filha de santo que experiencia transe, ou iniciada em reclusão; o mesmo que iyaô.

IBARU – Uma das 12 qualidades de Xangô, xangô com ligação com o fogo.

IBÊJI – Orixás crianças que quando incorporados são chamados Erês.

IBI - Caramujo que é oferecido em pratos sagrados aos orixás, principalmente Oxalá e Ogum.

IBIRI – O Cetro usado por Nanã, que uma das pontas recurvada. Nanã dança com ele tal como a mãe nina o filho. Segundo algumas lendas yorubá, este gesto representa o arrependimento por ter abandonado Omulu, seu filho.

IBUALAMO – Oxóssi que teve relação com Oxum, quando foi atraído por ela até o rio, gerando com ela o filho Logun-Edé.

IDARÁ – Pedra de Xangô.

IDÓ – Banheiro.

IDOKÊ – Pó de pemba utilizado para fazer o mal.

IFÁ – Deus da adivinhação e da sabedoria que orienta aqueles que o consultam.

IGEXÁ – Toque cadenciado para Oxum e Logun. É também nome de uma nação praticamente extinta, mas que trouxe para o Brasil a cultura Igexá.

IJIMUN – Uma das qualidades de Oxum que tem ligação com as bruxas Iyámi Oxorongá. A Oxum que com os seios alimenta e transmite vida da mãe para o filho. Oxum que encanta com o leite materno.

IKÁ – Cumprimento dos filhos de santo aos orixás masculinos.

ILÁ – O brado dos orixás manifestados.

ILÊ – Casa de Candomblé.

ILÊ ABOULA – Casa que cultua Egungum.

ILU – Pode significar vida ou o nome que os atabaques recebem em algumas casas de santo no nordeste.

INAÊ – Um dos nomes de Yemanjá, nos cultos Bantu.

INCÔSSE – Orixá da cultura Bantu, que corresponde a Ogum.

INKICE – O mesmo que orixá nos cultos de origem Bantu.

INLÉ – Um outro nome do Orixá Oxóssi.

INSABA – Folhas.

IÓ – Sal.

IPETÉ – Comida de Oxum.

IROKO – Gameleira branca, morada dos orixás. É também o nome do Orixá Funfum, filho de Oxalá, cultuado na gameleira branca, na Nigéria, pois não é cultuado no Brasil.

ITÁ – OTÁ – Pedra sagrada dos orixás.

IXÉ – Local, nas casas de culto, onde ficam os assentamentos do barracão. Representa a ligação direta do Orum com o Aiê.

IYÁ – Mãe.

IYÁ BASÊ – Mulher encarregada de preparar as comidas dos orixás.

IYA KEKERÊ – O mesmo que mãe pequena.

IYALAXÉ – Mulher que cuida do altar do axé.

IYALORIXÁ – Mãe de santo.

IYAMI OXORONGÁ – É a principal das Iyá Mi Ajé, que quer dizer: Minha mãe feiticeira. É a mais poderosa de todas, tem a força feminina equivalente a de Exú. Trata-se de uma entidade muito respeitada e temida. Seu culto é extremamente feminista, uma vez que Iyami não permite ser cultuada por homens.

IYÊ – Mãe.



J

JÁ – Briga, luta.

JACUTÁ – Atirador de pedras. No Brasil, recebeu a conotação de qualidade de Xangô.

JAGUN – Guerreiro. É também uma das qualidades do Orixá Obaluaiê.

JANAÍNA – Um dos nomes de Yemanjá.

JARRÁ – LUÁ – Bebida dos Orixás.

JEJE – Tribo da cultura Ewefon, introduzida no Brasil através do tráfico de escravos vindos do Dahomey.

JIKÁ – Ombros.

JOLOFÔ – Coisa inútil ou pessoa tola.

JONGO – Ritual folclórico dos negros iorubás.

JURÁ OLUÁ – Santuário.



K

KABULA – Tribo Bantu predominante no Espírito Santo, que por serem muito arredios, deu origem a palavra encabulado.

KAJANJÁ – O mesmo que Omulu.

KAMBALÃNGWÁNZE – Orixá correspondente a Xangô.

KATENDE – O mesmo que Ossain.

KAWO KABIESILE – Saudação para o orixá Xangô.

KELÊ – Colar do iniciado. Gravata feita com miçangas e firmas, nas cores do orixá a que é dedicado e, colocada nos yaôs durante a feitura para ser usada durante o resguardo.

KETÚ – Tribo Yorubá, que manteve sua cultura intacta, arraigada entre os brasileiros. Conservou as tradições aos rituais e às cantigas, inclusive com o idioma de amplo vocabulário que permite comunicação perfeita entre os que se dedicam ao seu aprendizado.

KYXIMBI – O mesmo que Oxum.



L

LAQUIDIBÁ – Espécie de colar feito com raízes ou chifres de búfalo, muito utilizado na Nigéria, ao redor do umbigo, para proteger as crianças das doenças. No Brasil, é utilizado como guia (no pescoço) consagrada a Omulu, o senhor das doenças.

LAROIÊ – Saudação brasileira para Exú.

LÉ – O menor dos atabaques.

LE – Partícula yorubá que significa (+) mais.

LEBÁ – Exú.

LEBARA – Exú, no seu aspecto de “Senhor da Força”.

LEMBÁ – Oxalá.

LEMBADILÊ – Santo de casa.

LODÔ – No rio.

LUGUN EDÉ – Orixá filho de Oxum e de Oxóssi, que herdou as características de pai e da mãe. Dessa forma, tanto pode ter seu culto no rio, quanto na terra. É seis meses macho, onde vive na floresta caçando e seis meses fêmea, vivendo no rio com sua mãe Oxum.



M

MAÍ – Subdivisão da nação dos Gêges.

MAIONGÁA – Local nas casas de culto, destinado ao banho.

MÃO DE OFÁ – Pessoa incubida de colher folhas para rituais.

MARACÁ – Instrumento musical indígena.

MARAFA – Cachaça.

MARIWÔ – A folha da palmeira desfiada, que forra as entradas das casas de culto aos Orixás.

MAZA – Água.

MEGÊ – O número sete.

MEJI – O número dois.

MIAM-MIAM – Comida de Exú.

MIWÁ – Um dos nomes de Oxum, quer dizer Mãe-Senhora.

MOCAM – Gravata dos Orixás.

MOILA – Vela.

MUGUNZÁ – Comida feita com milho branco cozido, leite, leite de coco, sal, açúcar, cravo e canela.

MUKUMBE – O mesmo que Ogum.

MUKUNÃ – Cabelo.

MUTALOMBO – O mesmo que Oxóssi, na origem Bantu.



N

NADABULÊ – Dormir.

NANÃ – Vodun Jeje assimilado pela cultura Yorubá, hoje cultuada em todas as casas de etnia Kétu, no Brasil.

NANAMBURUCU – Orixá Nanã em seu aspecto de ligação com a morte.

NCÔSSE – O mesmo que Ogum.



O

OBÁ – (min) Título dos “pastores” de Xangô. (mai) Orixá Obá, a deusa do amor e sereia africana, terceira esposa de Xangô.

OBA – Rei.

OBÁ XIRÊ – Obá que brinca.

OBALUAIÊ – Orixá das endemias e epidemias, porque tem grande poder de cura sobre as doenças.

OBATALÁ – Orixá da paz que foi delegado para iniciar a criação do mundo. Porém, conta a lenda que embebedou-se com vinho de palmeira (palma) e não conseguiu cumprir a tarefa. O Vinho de palma é uma das grandes quizilas dos filhos de Oxalá.

OBATELÁ – Um dos ministros de Xangô.

OBÁXI – Saudação para Obá.

OBARÁ – O sexto Odu do jogo de búzios. Traz o número 6 e representa a prosperidade no caminho das pessoas.

OBÉ – Faca.

OBECURUZU – Tesoura.

OBEXIRÊ – Navalha.

OBI – Fruto africano utilizado em diversos rituais.

ODARA – Bom.

ODÉ – O que caça bem, bom caçador.

ODÔ – Rio.

ODU – Destino.

ODUDUWÁ – Orixá ligado à criação do mundo, que arrebatou Obatalá e criou a Terra. Foi um grande guerreiro e conquistador, mas, no Brasil é cultuado como um Orixá feminino.

ODUM – A Terra.

ODUN – Ano.

ODUVÁ – Deus da Terra.

OFÁ – Arco e flecha utilizada por Oxóssi como ferramenta e, com o qual ele dança quando incorporado nos terreiros.

OFANGÊ – Espada.

OGAN – “Guarda” selecionado por orixás, não entra em transe, nas age como auxiliar sagrado nos rituais. É o cargo exercido, exclusivamente por homens. Dentro da Hierarquia do Santo, vem logo depois do Zelador ou Zeladora, e é tratado como pai no santo, tendo o mesmo status da Zeladora ou do Zelador. Geralmente são filhos de entidades espirituais e são os únicos a quem o Zelador ou Zeladora deve tomar abenção dentro da casa do Axé.

OGAN ALAGBE – Tocador de Atabaques de chefia os Demais. Ogan mais velho.

OGAN NILÚ – O tocador dos atabaques.

OGAN AXOGUN – Responsável pelos holocaustos dentro da casa do Axé.

OGUM – É o Deus das guerras e o Orixá, que abre os caminhos.

OGUM XOROQUÊ – É o nome do Ogum que desceu as montanhas. Ogum com grande fundamento com o Orixá Exú.

OGUNTÉ – Uma das qualidades de Yemanjá, que teria ligação com Ogum.

OIÁ – O mesmo que Iansã.

OIM – Mel.

OJÁ – Pano utilizado pelas baianas para cobrir o peito. Pano também utilizado para vestir os atabaques.

OJÉ – Sacerdote dos cultos de Egungum.

OJÓ ODÔ – Dia da festa do pilão de Oxalá.

OJUM-CRÊ-CRÊ – Olho grande.

OKÊ – Montanha, morro.

OKÔ – Deus dos montes.

OLÓ – Ir embora.

OLODUMARÊ – O senhor dos destinos.

OLÓKUN – Mãe de Yemanjá.

OLORUM – Deusa das Águas.

OLOSSAIN – Sacerdote consagrado a Ossain para colher as folhas rituais.

OLUBAGÉ – Festa anual dedicada a Omulu/Obaluaiê, onde lhes são servidas várias comidas rituais.

OLUWÔ – Pessoa que vê através do jogo de búzios.

OMADÊ – Menino.

OMALÁ – O mesmo que Amalá. Comida feita para Xangô com inhame, dendê, camarão seco, cebola ralada e coberto com molho de quiabos.

OMIN – Água.

OMINTORÔ – Urina.

OMULU – Orixá de natureza guerreira que tem o poder de combater as doenças.

ONANXOKUN – Nome de um dos 12 ministros de Xangô.

ONIKÔYI – Também um dos 12 ministros de Xangô.

OÔRUKÓ – Dia em que os iniciados recebem o “nome”.

OPANIJÉ – Toque cadenciado para Omulu dançar.

OPELÉ-IFÁ – Colar feito com oito nozes de Ikin, ligadas por uma corrente para leitura dos Odus.

ORÉ – Rapaz.

ORI – Cabeça.

ORIKI – Nome da saudação do Orixá.

ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça.

ORÓ – Deus do mal.

ORÔ – Seqüências de cânticos litúrgicos ou rezas utilizadas para os Orixás.

OROBÔ – Fruto natural da África, utilizado em diversos rituais.

ORUM – Sol.

ORUM-BABÁ – O pai do Céu.

ORUN – Espaço sagrado, o céu.

OSÉ – Semana. Ou pode ter o significado de limpar os assentamentos dos Orixás.

OSSANIYN – É o Orixá das matas. O mesmo que Ossain.

OSSÉ – Oferendas.

OTÁ – Pedra consagrada aos Orixás.

OTIN – O mesmo que marafo, cachaça.

OTUN – Lado direito ou direita.

OXAGUIAN – Oxalá-Guian, a forma jovem do velho Oxalá. Oxalá que traz a espada e tem fundamentos com Ogum e Iansã.

OXALUFAM – Oxalá-Lufam, a forma mais velha de Oxalá.

OXÊ – Machado alado, símbolo de Xangô.

OXÓSSI – Orixá caçador, que representa a fartura. É companheiro de Ossain, por ser ele também das matas, e de Ogum.

OXUM – Deusa das águas doces e frias. É o orixá da fertilidade e maternidade.

OXUMARÊ – Orixá do arco-íris encarregado se suprir o Orum com água. No brasil é cultuado com orixá metá-metá, ou seja hermafrodita, que tem dois sexos. Na África é tido como Orixá masculino.

OXUPÁ – A lua.

OYÁ – Orixá Oyá, deusa dos ventos, tempestades e raios. Foi uma das esposas de Xangô.

OYÁ FUNÃ – Um dos tipo de Oyá Balé cultuada no Brasil.

OYÓ – Cidade da Nigéria fundada pelo pai de Xangô, que a deu de presente ao filho transformando Xangô no rei de Oyó. Este é um dos locais, onde o culto ao orixá Xangô é mais forte.



P

PAXORÔ – O Cetro sagrado de Oxalá. O símbolo que ele traz na mão direita quando dança, simbolizando o elo entre a Terra e o céu.

PADÊ – Encontro, reunião. Porém, no Brasil, também significa a cerimônia de despachar a Exú, antes de começar os trabalhos rituais.

PAJELANÇA – Ritual que envolve a mistura de rituais indígenas, católicos e espíritas. Típico nas regiões do Pará, Amazonas, Piauí e Maranhão.

PANÃ – Ritual conhecido como Tira Kijila, que tem por finalidade relembrar ao iaô suas tarefas diárias, das quais ele esteve afastado durante o tempo da iniciação, além de aplicar-lhe ensinamentos, mostrando como deve se comportar fora da vida religiosa. Cerimônia na qual comidas feitas por iniciados são vendidas em mercados ou quitandas.

PACHORÔ – Ajudantes de Oxalá.

PEJI – Quarto onde ficam os assentamentos, ou seja, local da personificação dos Orixás onde são guardados seus símbolos e colocados suas oferendas. Funciona como uma espécie de santuário.

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lign:justify">PEJIGAN – O Ogan de confiança que zela pelo Peji cuidando de tudo, desde a limpeza até pequenos reparos se forem necessários.

PELEBÊ – Tem dois sentidos: devagar e fino.

PEMBA – É um pó preparado com diversas folhas e raízes para ser utilizado nos rituais para diversas finalidades. Pode ainda ser, um tipo de giz que os guias utilizam para riscar os pontos que os identificam.

PEPELÊ- Local onde ficam os atabaques.

PEPEYÉ – Pato.

PEREGUM – Folha muito utilizada em rituais de descarrego.



Q

QUEDA DO QUELÊ – Uma cerimônia realizada algum tempo depois da iniciação (três meses depois), para a retirada do Quelê. A Queda do Quelê como é denominada, e que tem todo um ritual próprio.

QUELÊ – É como se fosse uma gravata de Orixá colocada no yaô, durante a iniciação. Ela serve para indicar que o iniciado, a partir daquele momento, está sujeito ao seu orixá. As gravatas dos iniciados tem cores variadas, para cada orixá e é usado um tipo de cor que o identifique. Por exemplo: um iniciado que tem como Orixá Ogum usará o Quelê vermelho e assim por diante.

QUENDAR – Andar.

QUIMBÁ – Espírito das Trevas.



R

RONKÓ – Quarto de santo destinado à iniciação.

RUM – O maior dos atabaques, utilizado para a marcação dos toques dos orixás.

RUMPI – É o atabaque médio que puxa os ritmos ou faz o contraponto no toque do Lé, que é o atabaque menor.

RUNGEBÊ – Contas sagradas de Obaluaiê.

RUNGEVE – Colar que as filhas de santo, com mais de sete anos de iniciada, usam.

RUNTÓ – Nome que leva o tocador de atabaques (Ogan Ilu) na cultura Jêje. E é também, uma das saudações a Ogum.



S

SAKPATA – Vodum jeje que é o mesmo que Obaluaiê.

SALUBÁ – Saudação a Nanã Buruquê.

SAPONAN – Orixá da varíola e das doenças contagiosas. Entre os Yorubás este nome era proibido de ser pronunciado, sendo assim eles o chamavam de Obaluaiê.

SARAVÁ – Saudação dos Orixás, usada muito nos cultos de Umbanda.

SATÓ – Um ritmo mais utilizado para invocar Nanã e Iemanjá. Um pouco semelhante ao toque Bravun.

SÈGI – Colar de contas azuis, feito com dois tipos de azul: um azul mais escuro que é de Ogum e um outro mais claro que é de Oxalá.

SIDAGÃ – É a substituta imediata de Otun-Dagan, que vem a ser a filha da casa encarregada de tratar e despachar Exú, antes de iniciar as cerimônias rituais.

SIRRUM – Cerimônia fúnebre muito utilizada na nação de Angola, para desprender o corpo material do espírito.

SOBA – Uma das qualidades de Yemanjá no Brasil.

SOBOADÃ – O mesmo que Oxumarê.



T


TARAMÉSSU – Mesa usada pelo Tata Ti Inkice para a consulta ao jogo de Ifá (jogo de búzios).

TAUARI – Cigarro de palha.

TEMPO – Entidade de origem Bantu que no Brasil é cultuado como Ktembo = vento.

TEREXÊ – Em certas nações tem o significado de mãe pequena.

TERREIRO – Nome dado às casas de culto aos Orixás.

TOBOSSI – Entidade Jeje. Uma espécie de Erê menina.



U


UBATÁ – O mesmo que Batá – sapato.

UMBÓ – Cultuar.



V

VATAPÁ – Comida de Ogum.

VODU – Tipo de culto muito difundido nas antilhas e em algumas regiões de Benin na África, que nada tem a ver com o culto aos Orixás.

VODU AIZÃ – Vodum da terra que tem ligação com a morte. Mais ou menos correspondente a Onilé, O Senhor da Terra.

VODUM – Entidade do culto Jêje, correspondente aos orixás Yorubás.

VUMBE – No idioma dos Bantu significa morto ou espírito de morto. A expressão “Tirar a mão de Vumbe” , significa fazer cerimônia para tirar a mão do falecido. Em outras palavras, fazer cerimônia para que ele se desprenda das coisas materiais e encontre o seu caminho no mundo espiritual.

VUNGI – Orixás crianças (nação de Angola).



W

WÁRI – Uma das qualidades de Ogum cultuada no Brasil.

WARIN – WARU – Nome do Deus das doenças eruptivas (sífilis, varíola, lepra e etc...).



X

XAMAM – Deus dos indígenas.

XAMANISMO – Ritual procedido nas religiões afro-indígenas.

XAMBÁ – Nação de um ritual.

XANGÔ – Deus do raio e do trovão. Foi o segundo rei de Oyá e segundo as lendas Yorubá, reinou com tirania e crueldade. Xangô não nasceu Orixá porque sua mãe era humana. Ele só tornou-se Orixás após a morte, quando voltou ao Orun.

XAORÔ – Guizo que os iniciados usam no tornozelo como um símbolo de sujeição.

XAPANÃ – Deus das doenças. O Obaluaiê dos Yorubás.

XARAÔ – Tornozeleira ornamental.

XAXARÁ – Símbolo do Orixá Obaluaiê. Feito com as nervuras das folhas de palmeira, e enfeitado com búzios e miçangas, é o que Obaluaiê traz nas mãos quando dança personificando os ancestrais.

XEREM – Chocalho de metal usado nos rituais.

XINXIN – Comida de Oxum feita com galinha.

XIRÊ – Vem do verbo brincar, podendo assim, significar divertir, jogar. Ou ainda o Xirê cantado para os Orixás = cântico dos Orixás.

XOKOTÓ – Calças ou pequeno.

XOROQUÊ – Uma das qualidades de Ogum no Brasil.

XOXÔ – Oferenda feita para o Exú com o coco do dendezeiro.



Y

YABÁ – Rainha. Termo usado para designar os Orixás femininos, principalmente àquelas que foram realmente rainhas em passagens pela Terra como Iansã, Oxum e Obá, esposas do Rei Xangô.

YANGUI – Exú considerado o primeiro do Universo. Exú Yangui, rei e pai dos demais Exus.

YANSÃ – A mesma Iansã deusa das tempestades, ventania e trovões. A mãe dos nove espaços sagrados.

YAÔ – Quer dizer esposa. Mas, no culto aos Orixás, significa sujeição aos mesmos. Submissão de esposa de Orixá.

YEMANJÁ – Na Nigéria ela é cultuada como deusa do Rio Ogum, sendo um orixá de rio. Porém, no Brasil, ela é cultuada como deusa das águas salgadas, confundida com sua mãe.

YEYÊ – O mesmo que Ìyá – mãe.

YORUBÁ – Povo nigeriano que se dividiram em diversas tribos ou nações são elas: os Ketu, os Oyó, os Igejá, os Geges e os Nagos. Embora divididos em tribos diferentes, mantiveram a mesma cultura. É óbvio que houve algumas deturpações, mas as origens de culto são as mesmas.



Z

ZAMBI – Deus dos angolanos.

ZARÁ – Saudação ao Orixá Tempo.

ZIRI – Comida estragada.

ZULU – Tribo africana.

ZUMBI – Deus cultuado para os rituais maléficos.

alagbê - fundamenro,Conhecimento e Fé

Alagbê - É o Ogan responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados Atabaques. Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro Axé chegar no terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas homenagens.