Xangô o dono do tambor

Xangô o dono do tambor

Umabandaradio na defeza e preservação de nossa cultura

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Tambor,atabaques e sua origem

O atabaque chegou no Brasil através dos escravos africanos, é usado em quase todo ritual afro-brasileiro, típico do Candomblé e da Umbanda e das outras religiões afro-brasileiras e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, empregados para convocar os Orixás, Nkisis e Voduns.
O atabaque é feito em madeira e aros de ferro que sustentam o couro. Nos terreiros de candomblé, os três atabaques utilizados são chamados de RUM, RUMPI e LE. O rum, o maior de todos, possui o registro grave; o do meio, rumpi, em o registro médio; o lé, o menor, possui o registro agudo. O trio de atabaques executa, ao longo do xirê, uma série de toques que devem estar de acordo com os orixás que vão sendo evocados em cada momento da festa. Para auxiliar os tambores, utiliza-se um agogô; em algumas casas tocam-se também cabaças e afoxés. (professor Luiz Antônio Simas)

Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos blocos de afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim.

Os atabaques são encourados com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás, independente da cerimônia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados, o couro que veio da loja geralmente é descartado, o cilindro de madeira só depois de passar pelos rituais é que poderá ser usado no terreiro.

O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura. Para ouvir um toque de barra vento acesse www.youtube.com e pesquise Barra Vento

Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo RUM (o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é o Alagbê que começa o toque e é através do seu desempenho no RUM que o Orixá vai executar sua coreografia, de caça, de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o RUMPI e o LE.


Os atabaques são chamados de Ilubatá ou Ilú na nação Ketu, e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações adotaram esses nomes Rum, Rumpi e Le para os atabaques, apesar de ser denominação Jeje.

Essa é a diferença entre o atabaque do candomblé e do atabaque instrumento musical comprado nas lojas com a finalidade de apresentações artísticas, que normalmente são industrializados para essa finalidade.

Segundo Edison Carneiro, o som do atabaque é o mesmo tam-tam de todos os povos primitivos do mundo. Consiste numa pele seca de animal esticada sobre a extremidade de um cilindro oco.

No tempo de Manuel Querino haviam várias espécies de tabaques como eram chamados na época: pequenos Batá, grandes Ilú e os atabaques de guerra, bàtá koto, que desempenharam grande papél nos levantes de escravos, na Bahia no começo do século XIX, o que determinou a proibição expressa de sua importação desde 1835.

[editar] Bahia
Raul Lody descreve que "os atabaques sempre foram alvo da polícia baiana e estavam terminantemente proibidos durante o Estado Novo. Para tocar os instrumentos, somente na clandestinidade, já que a Delegacia de Jogos e Costumes não costumava dar sopa. Mas um encontro nos bastidores mudaria essa história. Aproveitando uma viagem ao Rio de Janeiro, mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé do Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, usou de sua influência e conseguiu uma audiência com o presidente Getúlio Vargas. Ela só queria cultuar a religião dos seus antepassados e Getúlio não teria como resistir ao pedido legítimo de uma criatura tão doce. O encontro de Aninha com o presidente do Brasil resultaria no Decreto 1.202, que permitiu o uso dos atabaques nos terreiros. O acontecimento é considerado um passo importante para a liberação definitiva do controle policial sobre os candomblés, o que só ocorreu em 1976, no governo de Roberto Santos. Na ocasião, a notícia foi recebida com entusiasmo pelo povo de santo da Bahia, em plena festa da Lavagem do Bonfim."

[editar] Maranhão
No Maranhão se toca tambor nas casas de Tambor de Mina, os batás ou abatás são tambores horizontais feitos de madeira, compensado ou zinco, encourados com pele nas duas extremidades, apoiados sobre um cavalete de madeira, afinados por torniquete e tocados com as mãos. Seus tocadores são chamados de batazeiros ou abatazeiros.

No Jeje-Mina, na Casa das Minas os toques são realizados por três tambores com couro numa só boca (hum, humpli e gumpli), batidos com a mão e com aguidaví. São também acompanhados pelo ferro (gã) e por cabaças pequenas revestidas de contas coloridas.

[editar] Pernambuco

Ilús Abertura Religiosa - Foto: Pejigan Clô D'OgyianNo Recife os tambores são denominados de ilus usados no Xambá e alfaias que são usados nos Maracatus do Xangô do Recife usam pequenos tambores de barril, com couro nas duas extremidades, são tocados com birros o nome que recebe as baquetas de madeira.

Na Nação Xambá, o Terreiro Santa Bárbara localizado em Portão do Gelo em Olinda, PE, seus atabaques são chamados Ilu.

O ritmo do Maranhão é diferente do de Pernambuco e o de Pernambuco é similar ao tocado na Bahia. A diferença está nos instrumentos.

[editar] Rio de Janeiro
O Caxambu é o tambor cerimonial maior ou principal utilizado na manifestação cultural afro-brasileira denominada Jongo.

[editar] Rio Grande do Sul


No Batuque os tambores ou atabaques são um pouco diferentes do que é usado no Candomblé.

Dos instrumentos da foto o maior (branco e vermelho) é chamado de Inhã e o tambor vermelho é o de uso tradicional da Nação Ijexá.

Os outros dois instrumentos do centro são o Agê (instrumento feito com uma cabaça inteira trançada com cordão e contas diversas), no Candomblé é chamado de Afoxé.

Ao som dos tambores, as pessoas formam uma roda de dança em louvor aos Orixás, a cada um com coreografias especiais de acordo com suas características.

[editar] Toque
É a percussão dos tambores ou Atabaque que varia de acordo com a nação do Candomblé. Essa percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado.

Dobrar os couros - é um repique lento sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitas ilustres que estão chegando no terreiro, praticamente é o convite para a pessoa entrar. Durante a festa, quando chegam os convidados ou sacerdotes e ogans de outras casas, interrompe-se o toque que está sendo executado para os orixás e dobra-se os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. Algumas casas de candomblé não usam dobrar os couros para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. Dobra-se os couros também em outras ocasiões, mas sempre para homenagear.

Nas casas de candomblé bantu Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dos aguidavi.

A palavra também pode ser usada como toque de candomblé referindo-se as festas públicas, ou toque de orixá alguns exemplos:

Hamunha ou Avamunha : Toque que servem para saída e recolhimento de filhos e orixás.
Adarrum ou Adahun : Toque que serve para chamar orixás
Opanijé : Toque para o Orixá Obaluayê
Alujá : Toque para o Orixá Xangô [1]
Ijexá : Toque para o Orixá Oxum
Ilú ou Ylú : Toque para o Orixá Oyá
Agueré : Toque para o Orixá Oxóssi
Igbin : Toque para o Orixá Oxalá
Batá : Toque para o Orixá Oxalá
Bravun : Toque para o Orixá Oxumarê
Sató : Toque para o Orixá Nanã
Barlavento ou Barravento[2] : Toque de Angola e Congo
Congo de Ouro : Toque de Angola e Congo
Muzenza : Toque de Angola e Congo
Cabula : Toque de Angola e Congo
Na roda de capoeira também é usada como jogo/toque para diferenciar o ritmo a ser tocado no berimbau e jogado pelos participantes.

Tambores são tão ancestrais quanto o próprio homem. Os primeiros foram criados e manuseados ainda na Pré – História, com o objetivo de cultuar Deuses e como forma de agradecer a comida conseguida por meio da caça aos animais.
Milênios se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e a cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio – econômicos de cada época. Imagens, cerimônias, mitologia, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques, são expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade.
O homem pré – histórico acreditava que a pele de sua caça esticada em troncos de arvores reproduzia o choro do animal morto. E foi com esse sentimento de gratidão que passou a consagrar a morte de sua caça. Pode – se dizer que esse foi um dos princípios da manifestação religiosa do homem e a origem dos tambores. O toque do tambor revela a arte de conectar – se com a Mãe Terra e com nosso eu interior, sintonizando nosso coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível, constatando nossa ancestralidade e todos os reinos da Natureza.
Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade. Acredita – se que os primeiros tambores fossem troncos ocos de arvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente, quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas na fabricação de roupas e outros objetos, percebeu – se que ao esticar uma pele sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos decorativos dependem dos materiais encontrados em cada região e dizem muito sobre a cultura que os produziu. São típicos nos cultos afro – brasileiros; na dança, nos pontos cantados, no transe.
Em sua fase mais primitiva, a manifestação religiosa do homem tinha como base principal o contato com as divindades – o transe.
A musica e a dança sempre foram os principais feradores dessa comunicação com os Deuses. Alguns historiadores e antropólogos do século vinte destacaram a idéia de que a maneira utilizada para se chegar aos conhecimentos místicos em religiões primitivas, esteve sempre associada ao êxtase ( o transe ) provocado pelo toque do tambor. Esse instrumento seria então o responsável pela comunicação entre o homem e as divindades – seres responsáveis pelo comando da Natureza em nosso planeta.
Mesmo nas religiões mais antigas, o toque dos tambores também foi utilizado não somente para o culto às divindades, mas também como forma de manter contato com os espíritos dos mortos.
Tão comum nas religiões primitivas, segundo a Bíblia, essa pratica foi “proibida por Deus” aos filhos de Israel. Isso acabou por gerar, ao passar do séculos, que a crença dos mais antigos – o fato do tambor constituir – se em instrumento sagrado, e que seu toque fosse utilizado como forma de contato entre os homens e o mundo invisível, pertencente às divindades e aos espíritos dos ancestrais, fosse uma simples superstição.
Por que o tambor foi excluído em narrativas da Bíblia com relação às cerimônias religiosas.
Foi proibido ao povo de Israel tudo aquilo que era praticado anteriormente à revelação das leis, como o uso de bebida forte, o adultério, a utilização de escravos, entre outras praticas. O tambor e as danças eram utilizados em cerimônias festivas. Mas, segundo relatos da Bíblia, quando Davi decidiu erguer um templo para Deus. Este determinou quais instrumentos poderiam ser utilizados: címbalo ( dois meios globos de metal, percutidos um contra o outro ), alaúde ( antigo instrumento de cordas de origem oriental ) e harpa. Apesar disso, Deus não proibiu a utilização do tambor em outras cerimônias e celebrações.
Há uma outra explicação de religiosos que, de certa forma não aceitam e até discriminam a utilização de tambores em cultos religiosos, a de que o som da percussão teria a capacidade de tirar do homem a consciência e o juízo, portanto, esse instrumento deveria estar fora do culto, que necessita da “lucidez da mente” para o conhecimento de Deus e de sua vontade revelada.
Os Tambores na África
Nas sociedades africanas, a tradição oral é o método pelo qual histórias e crenças religiosas são passadas de geração em geração, transmitindo elementos de uma cultura. Uma parte integrante da tradição oral africana é, sem duvida, a dança e o canto, e o mais importante instrumento musical africano é o tambor, em diferentes tamanhos e formas e para diferentes fins.
O tambor é utilizado para enviar e receber mensagens espirituais, e é essencial na preservação da tradição oral. Na religião africana de culto aos Orixás e Ancestrais, é considerado sagrado, e seu tocador é classificado como um comunicador oral. Aquele que toca o tambor é um orador e um comunicador de mensagens sagradas.
No ritual religioso, os tambores são o inicio de tudo, sempre representaram papel muito importante na cultura africana. Existe um antigo provérbio que diz: ” Quando os tambores são tocados, eles não mentem “.
O ‘ Djembe ‘ é possivelmente o mais influente e a base de todos os outros tambores africanos, e remota há pelo menos 500 anos d.C. é um tambor sagrado utilizado em cerimônias de cura, rituais de passagem, culto aos ancestrais e ainda em danças e socialmente.
Os Tambores Batá
A origem dos tambores Bata remonta há mais de 500 anos, e sua história sobreviveu juntamente com o povo Yorubá, que chegou à América como escravo, mostrando a profundidade dessa religião e cultura, das quais é parte importante. O tambor Bata faz parte da prática religiosa chamada de “Santeria”, desenPublicar postagemvolvida em Cuba e nos EUA, com influencia principal da religião tradicional Yorubá, mas também de outros grupos étnicos, como os de língua Bantu, da região do Congo.
Os tambores Bata podem falar, e não no sentido metafórico, podem realmente ser usados para recitar preces religiosas, poesias, saudações e louvores. Em Cuba, são utilizados em todas as cerimônias relacionadas ao Orixás, e recebem o nome de ‘ Bata de Fundamento’. Sua fabricação e consagração requerem toda uma força espiritual, que é inserida dentro de seu cilindro de madeira. Ao ser consagrado, recebe o nome de ‘ Ayàn ‘.
Tambores em rituais Indígenas Brasileiros
Um dos mais importantes instrumentos sonoros das culturas indígenas do Brasil, por se relacionar com o lado pratico, musical e religioso, é o tambor. Existem os tambores de madeira, tambores de tábua, tambores de tronco escavado, feitos e moldados a fogo.
Alguns tipos de tambores indígenas:
a.. Tambor Catuquinaru: Instrumento de sinalização.
b.. Tambor de Fenda: Feito de uma tora de madeira e escavado por meio de pedras incandescentes.
c.. Tambor de Carapaça: Feito de Carapaça de tartaruga.
d.. Tambor de Cerâmica: Consiste num vaso de barro, tendo abertura fechada com couro. É um velho elemento de civilização, talvez representando um dos mais antigos tambores do mundo.
e.. Tambor de Pele: Confeccionado com um cilindro de madeira, geralmente fechado de um lado só. A fixação da pela é feita com cipós, por meio de compressão.
Há muitos templos de Umbanda que * Os tambores feitos de tora de madeira tanto existem nas tribos brasileiras, quanto entre populações da África e Oceania. Também os tambores de cerâmica podem ser encontrados na África.
A Orquestra do Candomblé
A orquestra do Candomblé é constituída por atabaques, agogôs, cabaças e chocalhos. Os atabaques são três, em tamanhos diferentes: Rum (maior), Rumpi (médio) e Lê (menor). Existe também o Agbé ou piano de cuia, o Adjá e o Xeré, este último só é usado em festas para Xangô. Os tocadores tem um chefe denominado de Alabê. Os atabaques são considerados essenciais para invocação dos Deuses.
Utilização dos Atabaques na Umbanda
Não se utilizam de atabaques em seus cultos. Se voltarmos ao inicio, quando a Umbanda foi anunciada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, não havia a utilização de tambores, apenas cânticos. O ritmo era mantido com o bater compassado dos pés no chão. Atualmente, a explicação para muitos temploes manterem essa formação sem tambores nos rituais de Umbanda é a de que os atabaques e o seu som percutido levam o médium a um processo de transe anímico, ou seja, estimulam o atavismo, a lembrança ancestral, o afloramento do subconsciente do médium, o que pode dificultar a atuação das Entidades Espirituais. Até mesmo as palmas, em muitos locais são dispensadas.
Os atabaques utilizados nos templos de Umbanda servem como ponto de ligação e louvação aos Orixás e Guias de Umbanda. Dão ritmo aos cânticos e criam fortes vibrações para a chamada e descida das Entidades que estarão ali trabalhando. Da mesma forma, são utilizados no acompanhamento rítmico das cantigas de ” subida “, ao termino das sessões.
Há todo um preparo e consagração desses tambores para que sejam utilizados no rituais umbandistas, igualmente aos Ogans e Alabês, responsáveis pelos toques. O uso dos atabaques surgiu na Umbanda, acredita – se, por influencia dos cultos de origem africana, em especial o de origem Bantu ( Angola ), em que os tambores são percutidos com as mãos, diferentemente dos Candomblés de Nação Keto, que utilizam varetas, chamadas de ” Akidavis “.
Após a anunciação da Umbanda, a fundação da Tenda Nossa Senhora da Piedade e todas as outras determinadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, houve um período em que alguns lideres religiosos e intelectuais foram a África no intuito de pesquisar as origens da ancestralidade africana da Umbanda, em contraponto à chamada Umbanda Esotérica, que identificava as origens da Umbanda em antigas culturas orientais. Trouxeram para a Umbanda praticas utilizadas apenas em cultos de origem africana, como o toque dos atabaques.
A Formação da Corimba de Umbanda
A chamada ” Corimba ” é formada pelos Ogans, responsáveis pelos toques que chamarão e receberão as Entidades em Terra, que irão trabalhar na Gira de Umbanda, e pelos cantores, que puxam os pontos cantados – cânticos de descida e subida. É o conjunto musical da Umbanda, responsável pelo inicio e término dos trabalhos.
É pelo toque dos atabaques que se faz a conexão com o Mundo Espiritual, permitindo assim que os Guias realizem seus trabalhos nos templos de Umbanda, por meio dos médiuns ali presentes.
O Poder dos Tambores Indígenas
Na cultura dos índios americanos, os tambores são objetos sagrados, usados pelo Xamã ( líder espiritual ) na cerimônias de cura. Também servem para proteger o ambiente.
De acordo com os princípios do Xamanismo, cada pessoa tem um bicho de poder que o acompanha por toda a vida. Para descobrir qual é o animal de cada um, é feita uma jornada xamânica em que a pessoa relaxa ao som do tambor e visualiza a imagem do bicho. Feita a descoberta, o animal é então pintado no tambor.
Os nativos norte – americanos associam o toque do tambor às batidas do coração da Mãe – Terra e também ao som do útero. O tambor dá acesso à força vital através de seu ritmo. É a canoa que leva ao mundo espiritual, o instrumento que faz a comunicação entre o Céu e a Terra. É usado para ativar e curar o nosso espírito, alinhando – se com a vibração do nosso coração e com a Mãe Terra. Cada tambor tem seu próprio som, sem igual. Usado em cerimônias, danças, canções e para celebrar.
Os Tambores Xamânicos
Os tambores xamânicos existem há pelo menos 40 mil anos em todas as cultuar tradicionais do planeta. Está associado à direção Sul, ao arquétipo do Curador, ao elemento Terra, às criaturas de Quatro Patas e com a qualidade da Cura. É utilizado para produzir diversos tipos de ritmos com finalidades diferenciadas, desde a musica para a celebração e a dança até o toque constante, que leva ao transe profundo ou ao frenesi coletivo.
Muitos Xamãs usam seu tambor para realizar diversos tipos de cura, como o resgate de uma alma perdida ou sair viajando por outras dimensões do ser em busca de visões e conhecimento. Durante as experiências são comuns as visões de Animais de Poder, Aliados Espirituais, ou outras visões de poder ou de cura.
O som do tambor facilita a conexão de qualquer pessoa com o seu mundo interior e com todos os ritmos de seu corpo, produzindo um estado de relaxamento, de equilíbrio e ampliação de consciência, proporcionando assim uma conexão e harmonização com os ritmos planetários e cósmicos.
Para os que praticam os Rituais Xamânicos – religião oriunda de povos asiáticos e árticos, pratica filosófica e de cura encontrada no mundo todo – , as batidas do tambor são como as batidas do coração da Mãe Terra.
O tambor representa a própria cultura xamânica, unificando – a e aproximando as comunidades. Costuma ser utilizado em diferentes ocasiões, como casamentos e funerais, e em todas as reuniões dos povos nativos, criando uma aura energética que possibilita a conexão com o Mundo Espiritual. Também são utilizados por curandeiros, em rituais de cura.
Fonte: Revista Espiritual de Umbanda


Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com
Postado por Emidio às 15:01
Marcadores: Atabaques

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